Nascer do sol

Nascer do sol
Não basta admirar e exaltar a grandeza da natureza. É preciso cuidar para que ela permaneça bela e possa ser também apreciada pelas gerações futuras.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

                                                                                                                            


QUE SÃO ESTRELAS?
                                                                          (Soneto nº04)

Estrelas são astros que fulgem no espaço
Surgem espaçosos, que brilham garbosos
Vagam nos meus pensamentos ditosos
E adormecem em meus olhos quando te abraço

Faíscas de amor que se esvaem no meu ser
Gotas de carinho que luminosas
Retornam céleres e tão vitoriosas
Como o amor em seu ninho a buscar prazer

Como farpas douradas que cintilam
No sábio recôndito da memória
Dos heróis que pelos campos perfilam

Gravadas nos áureos cumes da glória
Quando no céu, tão soberanas brilham
Qual pirilampos, cantando a história.

Fátima Almeida





terça-feira, 12 de outubro de 2010

Divulgando o trabalho dos amigos!

FORÇA FEMININA!



SOU MULHER, INCENDIÁRIA APAIXONADA
DO TIPO QUE NÃO QUER RECEBER SÓ FLORES
QUE QUER GANHAR DO SEU HOMEM MIL AMORES
COMO AMANTE, NÃO PRECISE PROVAR NADA.


SOU MULHER, E NÃO ME FAÇA SER MALTRATADA
NEM AMÉLIA! NEM OFÉLIA! NEM DOLORES!
SER MUSA INDISPENSÁVEL DOS CANTORES
TER IMPORTÂNCIA, PARA SER VALORIZADA.


SEMPRE RECEBER NO PESCOÇO UM CHEIRO...
SOU MULHER, E COM CERTEZA O QUE ME SATISFAZ
É A FIDELIDADE DO MEU PARCEIRO.


POR SER MULHER NÃO PEÇO NADA DEMAIS...
COMPREENDAM O MEU APELO VERDADEIRO
QUERO SIMPLESMENTE TER, DIREITOS IGUAIS!




22/03/2009 - D I L S O N - NATAL/RN
                                               O ILUSTRE JOÃO RIBEIRO
                                                         (150 anos)

Era uma vez, uma pequena cidade chamada Laranjeiras, onde começou a história do nosso herói.

João Batista Ribeiro de Andrade Fernandes, assim se chamava, o segundo filho de Manoel Joaquim Fernandes e Guilhermina Ribeiro Fernandes, que nasceu em 24 de junho de 1860, para brilhar no mundo das letras. As grandes coleções de livros que seu avô Joaquim José Ribeiro possuía muito influenciaram a sua formação, conforme ele mesmo declarou.

Após concluir seus estudos em Laranjeiras e em Aracaju, no Ateneu Sergipense foi para Salvador, onde se matriculou na Faculdade de Medicina, mas não era isso que fazia bater o coração do jovem sergipano. Ele aspirava muito mais e partiu para o Rio de Janeiro. Sua meta era crescer mais e mais. Ingressou na Escola Politécnica e não satisfeito, também estudava arquitetura, pintura e música, vários ramos da literatura e sobretudo filologia simultaneamente.

Mas, como se não bastasse, ele também dedicou-se ao jornalismo e tinha amigos como Quintino Bocaiúva, José do Patrocínio e Alcindo Guanabara, entre outros. Sua coletânea de poesias chamada Os Idílios Modernos foi muito apreciada por Sílvio Romero, seu amigo e conterrâneo que os comentou num artigo da Revista Brasileira. Usou vários pseudônimos para suas publicações em jornais, bastante interessantes como Xico-Late, Nereu, Rhizophoro e outros mais, imaginação não lhe faltava.

Também foi Professor de História Universal e da Escola Dramática do Distrito Federal. Escreveu muito nas áreas de filologia, história e ensaios para A SEMANA de Valentim de Magalhães, ao lado do também inesquecível Machado de Assis e outros. Representou muito bem o nosso país no exterior em Congressos e eventos do gênero.

Depois de tantas contribuições para a literatura brasileira, foi escolhido, quase por unanimidade, para ocupar a cadeira nº 31 da Academia Brasileira de Letras, onde foi recebido por ninguém menos que José Veríssimo. Foi apontado várias vezes como possível presidente da instituição, chegando a ser eleito, mas renunciou incontinente. Ele não precisava ser presidente, era mais, muito mais que isso. Era jornalista, professor, crítico literário, escritor, filólogo, historiador, pintor e tradutor brasileiro.

Passaríamos dias e dias escrevendo e lendo a saga desse magnífico sergipano, versado nos clássicos de todas as literaturas, dotado de uma versatilidade ímpar, que nos legou uma vasta herança literária, inclusive como um dos principais promotores da Reforma Ortográfica de 1907.

E como nada é para sempre, em 13 de abril de 1934, da Cidade Maravilhosa, nosso ilustre literato partiu, para continuar seus estudos e trabalhos em uma dimensão mais elevada, onde a cultura é uma das atividades mais presentes e reconhecidas.

Se alguém desejar ver de pertinho um pouco dessa história, vá a cidade de Laranjeiras, e visite a casa onde viveu o nosso herói. É logo ali, a 25 quilômetros de Aracaju.


Fátima Almeida




sábado, 3 de julho de 2010

OS TEUS OLHOS


                                                                OS TEUS OLHOS



                                                   Devolvo os teus belos olhos desolada,
                                                   Mas, por que fazê-lo, se isso não almejo,
                                                   E em dizê-lo não sinto nenhum pejo?
                                                   Entrega-los-ei, pois, com a alma amargurada
                                                   Os verdes olhos que me diziam ser amada,
                                                   Fitaram-me, aguçando-me o desejo.
                                                   Os azuis já me negaram um doce beijo,
                                                   Minh’alma chorou triste, rejeitada.
                                                   Pelos olhos castanhos fui desprezada.
                                                   Revendo meus conceitos agora vejo,
                                                   Na negritude dos teus olhos o ensejo
                                                   De ver esta dor do meu peito arrancada

                                                   Devolvo-os, p’ra não cometer engano
                                                   Neste soneto shakespeareano


                                                             Fátima Almeida

segunda-feira, 29 de março de 2010

                                        
Soneto da Saudade

             (Soneto nº 01)


Procurando teu rosto na memória
Me perdi nas lembranças do passado
Quando vivi mil momentos de glória
Quando fui muito feliz ao teu lado


No doce afã de rever a tua face
Busquei-te no recanto mais profundo
Onde minh’alma guardou o nosso enlace
Como o dia mais ditoso neste mundo


Assim como uma dádiva do céu
Incontinente os meus olhos abri
Vislumbrando tua sombra sob um véu


Num ímpeto de abraçar-te, corri
Lancei-me desesperada ao léu
Joguei-me em teus braços e adormeci.


Fátima Almeida
22/03/10

sexta-feira, 12 de março de 2010

sábado, 6 de março de 2010


UMA MADRUGADA CHUVOSA...

Lava Senhor, lava!
A sujeira de toda a terra
A impureza da humanidade
A maldade que impera
O orgulho que corrói.

Lava Senhor, lava!
Os corações desalmados
As mentes degeneradas
As mãos que não sabem dar
O corpo que se destrói.

Lava Senhor. Lava!
Porque Sois o Poderoso
Sois o Pai, tão Generoso
Sois a Luz, Sois o Amor
Sois a Vida, a Justiça
Lava Senhor, a cobiça
Mas ampara o sofredor.

(Fátima Almeida)

sexta-feira, 5 de março de 2010

CINCO GAROTOS E UM DESTINO

Era uma vez... Cinco garotos e um destino.
Bem que poderíamos assim começar a história deste grupo.
Como todos os garotos, tinham sonhos, ideais e como bem poucos, a disposição e a coragem de batalhar pelo que queriam da vida.
Desse modo, na cidade paulista de Guarulhos, cinco rapazes reuniram-se, atraídos pelos mesmos sonhos e talentos e por algo mais que só algum tempo depois foi revelado. Compartilhariam também o mesmo destino.
UTOPIA (sonho, fantasia) era o nome do grupo musical. Não era muito condizente com o estilo que apresentavam. Humor, brincadeiras e muita descontração era o que na realidade se encontrava nos shows realizados com empenho e determinação para os poucos fãs que freqüentavam o bar onde tocavam.
Um dia, quando a “viagem de retorno” começava a ser traçada, um produtor independente viu, ouviu, gostou e resolveu investir no grupo que já lançou o primeiro sucesso sob outra denominação.
Daí para o auge foi um salto. A “meteórica carreira” como foi chamada pela imprensa, decolou com as turbinas de um Boeing. Foram sete meses de lançamentos, centenas de shows e quase dois milhões de discos vendidos. Muita pressa, muita adrenalina. Virou loucura mesmo. Era a consagração, a glória.
Muita imaginação, talento, irreverência. Talvez esse tenha sido o segredo de tanto sucesso junto ao público infanto-juvenil. Normas sociais rompidas, quebra de tabus e preconceitos. Aos baixinhos ensinavam a viver como crianças que eram e aos adultos faziam reviver momentos da infância às vezes reprimida.
E certo dia, após um show... A tragédia! Compromissos pretéritos os uniram na vida e na morte. Assim os ocupantes daquele Jatinho compareceram ao encontro marcado para 02 de março de 1996, na Serra da Cantareira. Abriu-se então às 23h15min, um portal gigante para o além e se foram os cinco protagonistas da nossa história, fazer seus shows, alegrando mais vidas, em outra dimensão. Aqui já tinham cumprido o último contrato!

Qualquer semelhança não é mera coincidência!
Fátima Almeida (03 de março de 1996)